Com 168 voluntários, a encenação da Paixão de Cristo promete uma procissão de fé, devoção e reflexão aos fiéis
Anualmente, a Semana Santa traz reflexões e votos de renovação. A morte e ressureição de Jesus Cristo são os marcos mais simbólicos do cristianismo. E, a procissão católica da Via Sacra é sempre realizada com muita fé e devoção pelos religiosos.
A Via Sacra teve sua origem na época das Cruzadas, por volta dos séculos XI e XIII. Os fiéis percorriam os lugares da Paixão de Cristo, considerados sagrados na Terra Santa. Com o tempo, os cristãos foram reproduzindo a peregrinação por todo o mundo. Sempre sendo realizada com o exercício de piedade ao percorrem simbolicamente o caminho que Cristo percorreu até a sua crucificação.
Como todos os anos, o feriado da Sexta-Feira Santa será marcado por uma encenação preparada com muito amor e dedicação pelos fiéis de Santa Branca. Com o tema “Ele por mim tudo suportou”, a peregrinação começará às 19h, na praça Waldemar Salgado. A partir de lá, o roteiro seguirá para a Praça da Matriz e depois, para a Praça Ribeiro Leite.
Conhecido carinhosamente por Mel Gibson de Santa Branca, o eletricista aposentado Antônio Alves dos Santos, o Tôninho, vem transformando há 35 anos a Via Sacra em um trabalho de escrita e uma grande peça teatral aberta a todo o público.
“A Via Sacra acontece em Santa Branca desde 1983. Antigamente, a encenação da crucificação de Jesus Cristo era realizada na cidade apenas com narrativas dentro da igreja, na missa da Sexta-Feira Santa”, explica Tôninho.
O grupo da encenação deste ano contará com 168 voluntários. E, além de um roteiro criado e ensaiado com muita dedicação, a equipe da Via Sacra convidou o grupo Lua Bailarina, de Caçapava (SP), para uma apresentação de dança do ventre em uma das cenas.
“A Via Sacra ao Vivo é um trabalho feito com muito carinho e dedicação, em razão de seu caráter evangelizador. Assim, transmitimos uma mensagem de amor. A expectativa é de uma grande participação de pessoas católicas ou não, pois além do caráter religioso é também cultural”, detalha o também poeta, compositor religioso e fundador da comunidade católica Plantão de Oração.