Para os cristãos a Páscoa é a celebração da ressureição de Jesus Cristo, que ocorreu no terceiro dia após sua morte na cruz, de acordo com o Novo Testamento da Bíblia. Portanto, a Páscoa é um fundamento da fé cristã. A ressureição de Cristo é considerada pelos cristãos como uma esperança viva dada por Deus aos homens.
Importância: o domingo de Páscoa é muito importante para os cristãos. As igrejas costumam tratar a data de forma festiva e feliz, pois ela simboliza a esperança e a vida nova em Cristo.
A Semana Santa – tradição religiosa católica
Com início no Domingo de Ramos, a semana santa é aquela que antecede a Páscoa e onde ocorre a celebração da Paixão de Cristo, sua morte na cruz e a ressurreição.
Estamos em plena Semana Santa, de acordo com a tradição Católica é a preparação para a Pascoa. Vários ritos religiosos marcam as diversas passagens de Jesus desde a chegada triunfal em Jerusalém, a sua crucificação e morte até a gloriosa ressureição no Domingo de Páscoa. É o chamado tempo da reflexão sobre o Homem Jesus, que entregou sua própria vida em redenção dos nossos pecados.
Eu venho de uma época em que as tradições religiosas eram mais arraigadas na questão do temor sobrepondo a fé. Não que os ensinamentos da Igreja eram mais rígidos, porém a crença do povo na época tinha Deus como o Pai severo e castigador. Lembro-me quando menino, os maridos e filhos homens que gostavam de música e tocavam alguns instrumentos nas famosas serestas ou em tocatas em família. Já quando chegava a Quarta-Feira de Cinzas, as primeiras providências eram retirar as cordas das violas, violões e cavaquinhos, pendurá-los na parede e cobri-los com tecido de cor moderada. Assim, permanecia o silêncio durante os quarenta dias até a chegada do Domingo de Páscoa, que na época, a Igreja comemorava no sábado da ressurreição.
Talvez por força dessa tradição de um extremo respeito da população a época, repito, não por imposição da Igreja, acho que era um folclore de que tudo era proibido, desde comer carne às quartas e sextas-feiras por todo o período. No entanto, talvez o principal motivo da quaresma ficava como que de lado por muitos religiosos, ou seja, a frequência aos atos litúrgicos era pouco frequentada, salvo os atos religiosos durante a Semana Santa.
Com a reforma da Igreja e a modernização dos ritos e as pregações sobre os temas com a visão da época, hábitos rudimentares das famílias patriarcais foram substituídos pela mensagem atual e, o modo de contemplarmos o real sentido da Páscoa sem as interferências dos mitos antigos.
Necessariamente, temos de reviver todas essas passagens do Mestre, com todo o seu martírio e sofrimento até a sua vitória final sobre o pecado, cuja mensagem quer dizer que todos nós temos a nossa cruz. Torna-se necessário que a carreguemos, embora muitas vezes o nosso desejo de renunciá-la é muito grande. Mas, se observarmos com os olhos da fé, temos a certeza que a vitória final nos aguarda e, grande será a recompensa nos céus.
Eu vivi uma época em que o medo do castigo por qualquer atitude errônea segundo nossos pais, era muito marcante na nossa personalidade infantil. Até a minha adolescência eu guardava muitos resíduos negativos de um Deus que castigava severamente aqueles que desafiassem os costumes “religiosos” na época segundo os antigos. Hoje, eu vivo os novos tempos onde os caminhos a seguir são mais transparentes: viver em função do amor ao próximo e a si mesmo, com certeza, prova de amor maior não pode haver.
Durante os meus pequeninos tempos de oração a Deus, eu agradeço pelo dom da vida, pelo dom da compreensão e peço perdão por meu tempo de criança em que aprendi que Deus era o Pai temido e rigoroso na imposição dos seus castigos.
Que tenhamos todos nós, cristãos, em todos os seguimentos e ritos, uma Feliz Páscoa, na certeza que assim como o Mestre Jesus venceu a morte, assim a venceremos. Amém!
