Passeando na Bienal do Livro, em São Paulo, fiquei surpreso ao ver a quantidade de pessoas que ainda são tomadas pela paixão pelo antigo prazer da leitura. Livros para todos os gostos e bolsos, para todas as classes e idades. Sim, o livro ainda sobrevive, ainda que todas as tecnologias apresentem novas possibilidades em tê-los na forma virtual.
Muito já foi dito sobre este velho companheiro de muitas gerações. Um companheiro compacto, mudo, discreto, quase desinteressante que, ao ser aberto por mãos e olhos curiosos, torna-se falante, apaixonante e pode servir de aeronave para lugares distantes, mundos inimagináveis e até mesmo para o passado e para o futuro.
Perde muito quem não tem o hábito de ler, ainda que seja um livro de receitas.
As letras vão formando palavras, as palavras constroem histórias e estas nos seduzem e nos prendem a um outro mundo, rico e diferente.
Somente os leitores assíduos sabem o vazio que fica na alma, quando um bom livro chega ao fim. A imaginação fica mais rica, mas a alma fica com saudade. A saudade deixada por um livro bom, nos remete à busca de outro e assim, sucessivamente até que nossa alma se torne uma vasta biblioteca.
A cada livro lido ficamos mais coloridos, mais profundos, mais atentos ao mundo ao redor.
Quanta pobreza de alma naquele que não lê nada, nem ao menos as notícias sangrentas do dia a dia que insistem em colocar nos jornais, cada vez mais raros em nosso cotidiano.
Ler! Leia! Ilumine seu interior! Busque um, dois, dez, mil livros e verá que sua vida se tornará mais significativa, seus horizontes se abrirão e você conhecerá a opinião e a história de muitos seres humanos que quiseram fazer a diferença em meio à escuridão intelectual que nos rodeia.
Magela Borbagatto, Mestre da Cultura Popular Brasileira
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